“Blue” de “céu azul, natureza”. “Flex” de “flexível”. A Yamaha está lançando uma nova versão da Fazer 250, bicombustível.
O motor é o mesmo da versão a gasolina: monocilíndrico de 249 cc, com comando de válvulas simples no cabeçote, 4 tempos, potência de 21 cavalos a 8.000 rpm e torque de 2,1 kgf.m a 6.500 rpm com compressão de 9.8:1. Segundo a fábrica, abastecida com álcool, com gasolina ou com qualquer mistura entre os dois, o desempenho é o mesmo.
O que mudou em relação ao modelo para ser abastecido somente a gasolina (mas que também é com injeção eletrônica e tem o mesmo bico injetor), foi o mapeamento do motor e a pressão da bomba de combustível. Ganhou também um segundo filtro de combustível e uma entrada de ar a mais na carenagem lateral. Alguns componentes como os da admissão receberam tratamento especial de níquel para proteção contra a corrosão provocada pelo etanol. O pistão é forjado e o cilindro tem revestimento cerâmico. Ela tem também o sistema PCV, que reaproveita o vapor gerado pelo aquecimento interno do motor que retorna para um reservatório na caixa do filtro de ar, voltando depois para o cárter por meio da válvula solenoide.
Em temperaturas abaixo de 5° centígrados, recomenda-se manter pelo menos 4 litros de gasolina no tanque.
Mesmo com outro mapeamento de motor, com gasolina, o consumo das duas versões é igual. Com etanol, o consumo é de 20 a 30% maior.
O tanque de combustível tem capacidade para 19,2 litros (4,5 da reserva) e o consumo com gasolina é em média 26 km/l. A autonomia da Fazer, com gasolina, é próxima dos 500 quilômetros. Está sendo lançando também o óleo Yamalube, versão para etanol.
O design continuou o mesmo, com visual “invocadinho”. Lanterna traseira em led, altura do banco é de 80,5 cm, rodas de liga leve como se fossem cinco raios, com 10 pontos de fixação, pneus Pirelli Sport Demon medidas 100/80/17 na frente e 130/70/17 atrás. O freio dianteiro tem disco de 282 mm de diâmetro e pinça com dois êmbolos, e o traseiro, também disco de 220 mm de diâmetro.
O painel tem conta-giros analógico e mostrador em cristal líquido com velocímetro, hodômetro total e dois parciais, relógio, marcador de combustível e as luzes espia incluindo a do Blue Flex, que indica que não pode partir com a motocicleta enquanto ela estiver acesa. O farol é multirefletor com lente em policarbonato facetado e tem lâmpada de 60 watts, um pouco mais potente que a maioria das motos, que costuma vir com lâmpada de 55 watts. O chassi é do tipo berço duplo. A suspensão dianteira com barras de 37 mm de diâmetro tem protetores, enquanto a traseira é monoamortecida com 120 mm de curso e o link é por rolete. Ela pesa só 154 kg.
A diferença de preço entre as duas versões é pequena: R$ 11.279,00 a versão somente a gasolina e R$ 11.690,00 a Blue Flex. Tem nas cores preta e prata. Na versão a gasolina que continuará a ser produzida e comercializada, tem ainda a vermelha. A Yamaha quer vender 5.000 unidades da Fazer 250 Blue Flex até o final do ano, além de outras 10.000 da versão somente a gasolina, que até o final de junho, vendeu 13.562 unidades. Em 2011 foram vendidas 33.560 Fazer.
A queda na concessão de crédito dos últimos meses afetou as vendas de motocicletas de baixa cilindrada. Mário Rocha, Diretor Comercial da fábrica, disse que “apesar do consumo de motocicletas ter caído no primeiro semestre deste ano, a empresa está investindo 50% a mais do que em 2011, e não mudará seus planos.”
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